Responda ao teste e verifique seus conhecimentos sobre vários aspectos da alimentação, obesidade e sobrepeso.
Responda ao teste e verifique seus conhecimentos sobre vários aspectos da alimentação, obesidade e sobrepeso.
Um dos tópicos recorrentes de conversa, quando me identifico como nutricionista é o quer emagrecer, perder peso.. a minha recomendação é sempre a mesma.. necessito do seu histórico alimentar.. ou seja preciso de conhecer os seus habitos alimentares (produtos/alimentos que consome, frequência, horas das refeições, etc), por forma a poder ajudar na reeducação alimentar.
Não sou fã de regimes alimentares (as vulgarmente conhecidas por dietas), mas sim da aprendizagem de hábitos correctos. Por isso exprimente, pegue num caderno e durante uma semana anote tudo o que come ou bebe, com horas e quantidades. Vai aprender muita coisa só por este simples exercicio.
Pode ainda utilizar este questionário com o objectivo avaliar a sua alimentação. Procure responder às questões de uma forma sincera, indicando aquilo que realmente come e não o que pensa que seria correcto comer. O questionário pretende identificar o consumo de alimentos do ano anterior.
Faz parte da dieta habitual dos brasileiros, e de muitos outros. Quer saber porque?
O arroz é rico em amido, sendo uma óptima fonte de energia. Além disso, o arroz fornece ferro, vitaminas B e proteínas. Já o feijão é um dos vegetais mais ricos em proteína, a qual tem a sua absorção pelo organismo facilitada pelo amido contido no arroz, é rico em ferro e outros minerais. Porém, convem lembrar que o corpo humano consegue absorver apenas cerca de 10% do ferro nos vegetais. Para que a absorção de ferro em vegetais seja aumentada é necessário o acompanhamento de alimento rico em vitamina C, como por exemplo sumo de laranja ou limão , o que poderia elevar a absorção para até 40%.
Outro ponto a favor da combinação arroz e feijão é que eles contém aminoácidos essenciais diferentes. Os grãos de arroz contêm metionina, e os feijões -lisina. A combinação é semelhante aos produtos de origem animal, que são as fontes de proteina de referência.
No Blog do Professor Carlos Serra, encontrei uma série de posts sobre as afirmações de uma nutricionista Brasileira, que esteve 1 mês em Moçambique e que afirma que os Moçambicanos nãos se sabem alimentar. Recomenda a leitura dos post do Prof. Carlos Serra, oficinadesociologia.blogspot.com/2009/05/mocambicanos-nao-sabem-comer-1.html, e que eu subscrevo integralmente.
Ora vejamos, como é possivel extrapolar de uma estadia de 1 mês para um modelo alimentar, que foi catalogado como incorrecto? Não percebo, pois para quem não conhece aqui vão alguns numeros sobre Moçambique, que ajudam a perceber o caleidoscópio cultura, social, étnico e religioso que é o país: (dados do INE)
Área:
Total | 799 380 |
Terra Firme | 786 380 |
Águas Interiores | 13 000 |
território em km2
Capital: Maputo
População: 22,4 milhões (estimativa 2010)
População | 2010 |
Total | 22.416.881 |
Homens | 10.799.284 |
Mulheres | 11.617.597 |
Províncias | |
Niassa | 1.415.157 |
Cabo Delgado | 1.634.162 |
Nampula | 4.191.210 |
Zambézia | 4.327.163 |
Tete | 2.137.700 |
Manica | 1.672.038 |
Sofala | 1.857.611 |
Inhambane | 1.304.820 |
Gaza | 1.320.970 |
Maputo Província | 1.444.624 |
Maputo Cidade | 1.111.638 |
Divisão administrativa: 11 províncias subdivididas em municipalidades
Províncias :Cabo Delgado, Niassa, Nampula, Tete, Zambezia, Manica, Sofala, Inhambane, Gaza, Maputo
Grupos étnicos:
Africanos 99.66% (Makhuwa, Tsonga, Lomwe, Sena, e outros); Europeus 0.06%
Euro-Africanos 0.2%, Indianos 0.08%
Lingua Oficial: Português (segundo o censo de 1997, falada por 27% da população como lingua secundária)
Línguas Maternas: Ekoti, Cindau, Shimakond, Ciwutew, Elomwe, Cimanika, Echuwabo, Xitshwa, Shona, Xichangana, Gitong, Cisena, Txitxopi, Lolo, Xironga, Ciniyungwe
Dados Sociais:
Taxa de analfabetismo (%) | 51.9 |
Esperança de vida ao nascer (anos) | 47.9 |
Taxa de natalidade (per 1 000) | 39.4 |
Taxa de mortalidade (per 1 000) | 15.7 |
Mortalidade Infantil (per 1 000) | 99.2 |
Impacto Demográfico HIV/SIDA
Taxa de Prevalência do HIV em Adultos | 2008 | 2009 | 2010 | |
População geral 15-49 anos | 14% | 14% | 14% | |
Mulheres grávidas 15-49 anos | 16% | 16% | 16% |
Religião: crenças tradicionais (50%), cristianismo (39%), islamismo (10,2%), outras (0,2%), sem religião e ateísmo (0,6%).
Agora, face a extensão do país, e a sua diversidade, não podemos de forma séria afirmar que a população Moçambicana não se sabe alimentar. Sem contar com o facto de que as cidades descaracterizam as populações, ao expor as mesmas a diversos estimulos culturais que são depois absorvidos pela mesma. Neste caso, e em particular em Maputo, observa-se uma constante ocidentalização dos habitos alimentares, e verificam-se já muitos dos transtornos provocados pelos mesmos, por exemplo: obesidade e diabetes.
Mas sem um estudo sério, abarcando todo o país, considerando questões como a segurança alimentar (acesso a alimentos) e prevalência de doenças como HIV, tuberculose, cólera, malária e outras, é dificil aceitar tais afirmações!!!